quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Binyl da Semana



Echo and the Bunnymen





Ocean Rain
1984


Silver
Nocturnal Me
Crystal Days
The Yo Yo Man
Thorn Of Crowns
The Killing Moon
Seven Seas
My Kingdom
Ocean Rain

Em 1984 em pleno auge da pop-electónica os Ecco lançaram uma das obras primas da sua carreira.
Quase indo contra os prefixos habituais da altura surge Ocean Rain com texturas obviamente pop-electrónica mas deixando transparecer uma nouvelle vague de composições que se podem considerar o advento do Indie Rock.
Composições como Thorn of Crowns, Seven Seas ou The Killing Moon não deixam ninguem indiferente.
Com um ritmo acelerado de um LP por ano desde 1980 que os Echo e Ian McCulloch se tornaram percussores de todos os movimentos musicais desde os eighties até hoje como por exemplo as remisturas das faixas The Cutter e Heads Will Roll por DJs para passar nas discotecas da altura e isto em 1984.
Convém lembrar que não há um grande album dos Ecco.
Todos são optimos mas tendo uma das minhas musicas favoritas de sempre-The Killing Moon-destaco Ocean Rain.
Deixo então aqui a lista de Lp`s dos Echo com respectivos alinhamentos até 1987.

Crocodiles
1980

Going Up
Do It Clean
Stars Are Stars
Pride
Monkeys
Crocodiles
Rescue
Villiers Terrace
Read It In Books
Pictures On My Wall
All That Jazz
Happy Death Men

Heaven Up Here
1981

Show Of Strength
With A Hip
Over The Wall
It Was A Pleasure
A Promise
Heaven Up Here
The Disease
All My Colours
No Dark Things
Turquoise Days
All I Want

Porcupine
1983

The Cutter
The Back Of Love
My White Devil
Clay
Porcupine
Heads Will Roll
Ripeness
Higher Hell
Gods Will Be Gods
In Bluer Skies

Echo & The Bunnymen
1987

The Game
Over You
Bedbugs And Ballyhoo
All In Your Mind
Bombers Bay
Lips Like Sugar
Lost And Found
New Direction
Blue Blue Ocean
Satellite
All My Life

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Concert Review - Brad Meldhau no CCB

No passado dia 24 tocou no CCB Brad Meldhau.
Para aqueles como eu que puderam assistir in vivo ao concerto resumo a prestação como SUBLIME.
Realmente é dificil ficar indiferente quando um homem se apresenta "nu" em frente do auditório cheio do CCB apenas com a companhia de um steinway & sons.
Brad Meldhau é capaz de ser o pianista de jazz que irá suceder a Keith Jarrett como mago da improvisação para o século XXI.
Para um concerto que estava suposto durar uma hora e meia Brad esteve duas horas e meia em palco tendo oferecido aos espectadores um espectáculo sublime adornado por não 1, não 2 mas sim 5 encores.
Tocou peças classicas sempre com o seu toque de improvisação, composições próprias e premiou os espectadores cum uma versão mágnifica do Teardrop dos Massive Atack.
Além desta tocou o "clássico" Exit Music (for a film) dos Radiohead e desde já afirmo que este "gajo" é incapaz de tocar esta ou qualquer musica igual duas vezes.Impossivel cada versão é melhor que a anterior.
Para finalizar no 3 encore uma versão de Ray Charles Still Crazy... em medley com o tema Tom Tom`s Room da banda sonora do filme Million Dollar Hotel.
Em conclusão foi um concerto fantastico de improvisação e espero para breve a vinda do Brad Meldhau Trio.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Os Avariados


Começa esta semana uma nova rubrica OS AVARIADOS dedicada aqueles musicos ou bandas que cada vez que os ouvimos dizemos "este gajo estava avariado dos cornos quando fez isto".

Como primeiro AVARIADO escolhi um dos mais influentes musicos de jazz de sempre.
Pianista sublime capaz de misturar na sua musica influências mais clássicas do jazz com os grandes compositores como Beethoven ou Bach bem como fusões do mais inédito para a época(70`s).

Keith Jarrett

KOLN CONCERT

Part I
Part II a)
Part II b)
Part II c)

Gravado em Janeiro de 1975 faz dia 25 trinta e dois anos que os priveligiados que conseguiram assistir a este concerto ao vivo em colónia na Alemanha viveram uma esperiência que provavelmente mudou a vida aqueles que lá estiveram.
Composições sem titulo, divididas em duas partes tendo a 2a 3 andamentos demonstram o que é improvisação no seu estado mais puro e cru.
Do principio ao fim do album ficamos "agarrados" aquelas notas de um piano sublime sempre esperando a ver o que o "gajo" vai fazer a seguir. Melodias que sobem e descem de tom, ora se martelam as teclas ou suavemente se beijam os acordes acompanhados pelos grunhidos melódicos com que Keith Jarrett acompanha a sua prestação captados habilmente pelo microfone.
Este não é um album de jazz "puro" mas sim de Improvisação.
Leva o ouvinte a perguntar a si próprio como alguem pode compor "sem rede" desta maneira.
Como se sabe hoje foi este o periodo mais AVARIADO de Keith Jarrett devido em muito à sua dependência de drogas, mas sendo esta ou não a sua fonte de inspiração esta é uma composição que acredito que o próprio nunca será capaz de repetir.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Em tempo de crise Jazz sai mais barato!

Com o pais como está com todos a queixarem-se de tudo e todos cheguei a uma pequena conclusão:

O jazz ao vivo sai mais barato e rende mais!

Tomemos em conta um simples exercicio:

Concertos como Byonces, morangadas,ou florbelas cobram por salas como o atlantico entre os 20000€ e os 100000€ com bilhetes que vão dos 15 aos 50€ por pessoa.
Se a isso somarmos os cachets de musicos (veja-se o caso dos U2 que no ultimo levaram cerca de 150000 mil contos!!!) custos com produção, promoção e publicidade do evento arrisco a dizer que o lucro em alguns dos grandes concertos só deve chegar para as despesas e poucas vezes deve passar o break-even para as promotoras.
Já para não falar naquela "brilhante" promoção que é o Rock in Rio sempre para "um mundo melhor" e que gasta milhões, cobra 50/60€ por pessoa mais cerca de 20 a 50€ em gastos adicionais no recinto e cujo retorno,diga-se os nossos € e das nossas empresas, vão para "um mundo melhor" ou seja o bolso de 2 ou três "benfeitores humanitários" brasileiros

Ora se tivermos em conta que há cerca de 20 bons concertos de jazz de artistas de nomeada em lx por ano que cada concerto custa em média 30€ à partida pareçe que o jazz fica a perder nesta comparação.
No entanto se repararmos que as promotoras de concertos de jazz não são as grandes da nossa praça apenas podemos verificar que alguma coisa não bate bem.
Porque será que as ritmos e blues, musica no coração, etc não apostam no jazz.
Se virmos bem o cachet de um musico jazz raramente passa dos 50.000€ estando a média cerca dos 15000,25000€ .
As salas de espectáculo bem mais pequenas até agradeçem que estes concertos se realizem, sendo que os preços de aluguer por norma nunca ascendem os 25000€.
Ora com preços de Bilhetes em 30€ por média por espectador, cachets baixos, custos de publicidade irrisórios(basta um post no site da promotora para em 2 dias os bilhetes esgotarem)
não consigo entender o desprezo que as grandes promotoras dão ao jazz( ok, já tou farto que me digam que a exceção é a Diana Krall, essa vendida do jazz que passou para o mainstream).
Outro exemplo são os grandes festivais de jazz que acontecem um pouco por todo o pais e que à excepção do Estoril Jazz, são promovidos pelas autarquias pequenas e que com poucos recursos trazem grandes nomes do jazz à "provincia" mas cuja maior e mais abastada autarquia despreza( o que é preciso é morangadas para alegrar o povo).
Em conclusão é preciso fazer lembrar que enquanto o portugal esta engolido por morangadas, florzinhas e autocarros da carris on ice , todos aqueles que almejam um pouco mais de cultura resignam-se a comprar cds ao vivo dos grandes nomes que actuam lá fora.
Para quando um festival de jazz como o de san sebastian, jazz á vienne ou montreux jazz fest em Portugal( já nem digo em lisboa).
Promotoras acordem!!!! A musica não é só para as massas!!!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Binyl da Semana 1º de 2007 e já atrasado

SIOUXIE AND THE BANSHEES TINDERBOX


Lançado em abril de 1986 o Album Tinderbox de Siouxie and the Banshees foi uma das melhores obras de musica alternativa que descobri. No seguimento dos albuns punk lançados pela "bizarra" Siouxie Sioux no final dos anos 70 e principios de 80 surge Tinderbox como um album mais maturo e melódico sem nunca perder irreverência e o carácter "avant-garde" da banda. Dentro dos temas lançados no album original destaco Candyman cujas letras parecem o argumento original do filme de terror com o mesmo titulo lançado uns anos depois(1992) ou Cities in Dusk com um riff inesquecivel e um refrão que fica na cabeça dias e dias afim. De fora do lançamento original ficaram 3 musicas que seriam incluidas na edição em cd.


TINDERBOX-Candyman; The Sweetest Chill; This Unrest; Cities in Dust, Cannons; Party's Fall; 92 Degrees; Lands End
Not on original Cd An Execution; Lullaby; Umbrella