terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Os Avariados


Começa esta semana uma nova rubrica OS AVARIADOS dedicada aqueles musicos ou bandas que cada vez que os ouvimos dizemos "este gajo estava avariado dos cornos quando fez isto".

Como primeiro AVARIADO escolhi um dos mais influentes musicos de jazz de sempre.
Pianista sublime capaz de misturar na sua musica influências mais clássicas do jazz com os grandes compositores como Beethoven ou Bach bem como fusões do mais inédito para a época(70`s).

Keith Jarrett

KOLN CONCERT

Part I
Part II a)
Part II b)
Part II c)

Gravado em Janeiro de 1975 faz dia 25 trinta e dois anos que os priveligiados que conseguiram assistir a este concerto ao vivo em colónia na Alemanha viveram uma esperiência que provavelmente mudou a vida aqueles que lá estiveram.
Composições sem titulo, divididas em duas partes tendo a 2a 3 andamentos demonstram o que é improvisação no seu estado mais puro e cru.
Do principio ao fim do album ficamos "agarrados" aquelas notas de um piano sublime sempre esperando a ver o que o "gajo" vai fazer a seguir. Melodias que sobem e descem de tom, ora se martelam as teclas ou suavemente se beijam os acordes acompanhados pelos grunhidos melódicos com que Keith Jarrett acompanha a sua prestação captados habilmente pelo microfone.
Este não é um album de jazz "puro" mas sim de Improvisação.
Leva o ouvinte a perguntar a si próprio como alguem pode compor "sem rede" desta maneira.
Como se sabe hoje foi este o periodo mais AVARIADO de Keith Jarrett devido em muito à sua dependência de drogas, mas sendo esta ou não a sua fonte de inspiração esta é uma composição que acredito que o próprio nunca será capaz de repetir.

1 comentário:

Anónimo disse...

O mais engracado e' a historia do album que teve tudo para nao acontecer em primeiro lugar. Foi tudo praticamente adverso, o piano errado que lhe deram que esta' desafinado nos registos mais baixos e mais altos, nao conseguiu dormir e ate' teve problemas em comer antes do concerto.

No entanto, - e Keith ja' o disse em entrevista - usou todas estas adversidades da melhor forma possivel e contornou as limitacoes do piano para se superar a ele proprio como compositor e improvisador.

A primeira faixa sao dos 26 minutos mais belos da historia da musica e a ultima faixa e' das minhas favoritas de sempre. E' absolutamente aterrador alguem improvisar assim, algo tao belo, profundo e com tal alcance. Espero ainda o ver ao vivo e cores...

Btw, consta que o ultimo a solo tb esta' mto bom mas ainda nao comprei o cd.