sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Em tempo de crise Jazz sai mais barato!

Com o pais como está com todos a queixarem-se de tudo e todos cheguei a uma pequena conclusão:

O jazz ao vivo sai mais barato e rende mais!

Tomemos em conta um simples exercicio:

Concertos como Byonces, morangadas,ou florbelas cobram por salas como o atlantico entre os 20000€ e os 100000€ com bilhetes que vão dos 15 aos 50€ por pessoa.
Se a isso somarmos os cachets de musicos (veja-se o caso dos U2 que no ultimo levaram cerca de 150000 mil contos!!!) custos com produção, promoção e publicidade do evento arrisco a dizer que o lucro em alguns dos grandes concertos só deve chegar para as despesas e poucas vezes deve passar o break-even para as promotoras.
Já para não falar naquela "brilhante" promoção que é o Rock in Rio sempre para "um mundo melhor" e que gasta milhões, cobra 50/60€ por pessoa mais cerca de 20 a 50€ em gastos adicionais no recinto e cujo retorno,diga-se os nossos € e das nossas empresas, vão para "um mundo melhor" ou seja o bolso de 2 ou três "benfeitores humanitários" brasileiros

Ora se tivermos em conta que há cerca de 20 bons concertos de jazz de artistas de nomeada em lx por ano que cada concerto custa em média 30€ à partida pareçe que o jazz fica a perder nesta comparação.
No entanto se repararmos que as promotoras de concertos de jazz não são as grandes da nossa praça apenas podemos verificar que alguma coisa não bate bem.
Porque será que as ritmos e blues, musica no coração, etc não apostam no jazz.
Se virmos bem o cachet de um musico jazz raramente passa dos 50.000€ estando a média cerca dos 15000,25000€ .
As salas de espectáculo bem mais pequenas até agradeçem que estes concertos se realizem, sendo que os preços de aluguer por norma nunca ascendem os 25000€.
Ora com preços de Bilhetes em 30€ por média por espectador, cachets baixos, custos de publicidade irrisórios(basta um post no site da promotora para em 2 dias os bilhetes esgotarem)
não consigo entender o desprezo que as grandes promotoras dão ao jazz( ok, já tou farto que me digam que a exceção é a Diana Krall, essa vendida do jazz que passou para o mainstream).
Outro exemplo são os grandes festivais de jazz que acontecem um pouco por todo o pais e que à excepção do Estoril Jazz, são promovidos pelas autarquias pequenas e que com poucos recursos trazem grandes nomes do jazz à "provincia" mas cuja maior e mais abastada autarquia despreza( o que é preciso é morangadas para alegrar o povo).
Em conclusão é preciso fazer lembrar que enquanto o portugal esta engolido por morangadas, florzinhas e autocarros da carris on ice , todos aqueles que almejam um pouco mais de cultura resignam-se a comprar cds ao vivo dos grandes nomes que actuam lá fora.
Para quando um festival de jazz como o de san sebastian, jazz á vienne ou montreux jazz fest em Portugal( já nem digo em lisboa).
Promotoras acordem!!!! A musica não é só para as massas!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande zé.
muito bem este teu post
estou plenamente de acordo
um abraço